Por que Ana Bolena teve tantos abortos?

08-09-2010 20:11

Após dar a luz à futura Elizabeth I em 7 de setembro de 1533, Ana Bolena não conseguiu segurar nenhuma outra gestação até o fim, abortando por 3 vezes. Por que isso aconteceu? Quais fatores levaram uma mulher fértil e saudável a não conseguir ter outra criança?

Diversas teorias foram propostas... Conheça algumas delas:

 

O seguinte texto foi retirado de https://blog.raucousroyals.com/search/label/Catherine%20de%20Medici, traduzido para o português por Duda Blei e postado pela mesma na comunidade oficial da série "The Tudors", no site de relacionamentos Orkut -

 

TEORIA 1

1) Me casei com um rei e tudo que ganhei foi SÍFILIS

Vários historiadores concordam que Henrique tinha a "catapora francesa" mais conhecida como sífilis. É possível que isso tenha afetado a sua virilidade e também impediu que Ana "carregasse" uma criança até o fim da gestação. As evidências dessa teoria são:
-O pus de algumas de suas feridas da perna
-Seu nariz deformado, comum nos estágios finais da doença
-Seu mau-humor e paranóia como sendo um sintoma do ataque da sífilis em seu cérebro

*UM NOVO MUNDO*
É importante lembrar que a sífilis do século XVI era mais agressiva do que a de hoje. Ela é causada pela bactéria 'Treponema pallidium spirochete' e é possível (apesar de muito discutido) que foi importada para a Europa quando a tripulação de Colombo retornou para a Espanha. Novas doenças tendem ser mais potentes devido a falta de imunidade. Para a 'Treponema pallidium' a Europa era o Novo Mundo. Deixou pessoas desfiguradas, retardadas e eventualmente mortas. Claro, sífilis provavelmente estragaria a sua vida amorosa hoje, mas naquela época era o inferno na Terra.

*RUB-A-DUB, DUB (expressão?)*
A historiadora Susan Maclean Kybett apresenta um convincente argumento contra a hipótese da sífilis. Primeiro, não há registros de Henrique ou Ana procurando o tratamento casual contra a doença: o mercúrio. Atualmente, poderíamos ter ataques histéricos se apenas uma gota da substância caísse em nossa pele; para as pessoas do século XVI, um banho de mercúrio seria o mais óbvio.
Mary e Elizabeth nunca tiveram sinais de sífilis, o que indica que seu pai pode nunca ter contraído.

 

TEORIA 2

2) Passe a Torta de Pardal

A historiadora Susan Maclean Kybett aponta para uma doença esquecida nos dias de hoje, causada pela falta de vitamina C. Os sintomas do escorbuto incluíam sangramentos da gengiva, perda de dentes, úlceras e um grande mau-humor. Afetava tanto a realeza quanto os marinheiros, nos meses de inverno.

*AQUELE VEGETAL SUJO*
Esquecemos de como a corte de Henrique era desfalcada de vitaminas. Vegetais eram vistos como comida de camponeses. Comer um prato rico de vitamina C era o equivalente de sustentar toda a nossa fome com apenas miojo e água. Se crescesse na terra, os nobres não comeriam. Um porco que rolasse na lama e em suas próprias fezes... agora isso sim que é comida digna a um rei.

*BEBÊS QUEREM LIMÕES*
Frutas não eram tão detestáveis quanto vegetais, mas eram caras demais nos meses de inverno. A Cia. Leathersellers vendeu, por seis moedas de prata, um limão fedido para a cerimônia de coroação de Ana. Eram tempos difíceis de engravidar e para ter desejos por maçãs ou qualquer outra fruta.

*NÃO HÁ MAÇÃES PARA ANA*
Kybett também aponta que a doença de Henrique coincidiu com os quarenta dias antes da páscoa, na primavera, quando frutas e vegetais estavam escassos. Com carne e mais carne sendo o prato principal da dieta de Ana, os abortos podem ter sido causados por deficiências nutricionais.
 

TEORIA 3

3) Sangue Ruim
Alguns historiadores sugeriram que Ana tivesse o RH negativo e Henrique o RH positivo (para quem não se lembra da aulinha básica de genética, o RH é o sinalzinho em cima do nosso tipo sanguíneo ex: A+, O-, etc...). A combinação sanguínea rara faz com que os anti-corpos literalmente ataquem o feto, mas essa resposta auto-imune não acontece até a segunda gravidez. Ou seja, o primeiro bebê nascerá saudável. Apesar de ser uma teoria interessante, não pode ser provada.

 

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